FANFIC "UM AMOR INESQUECÍVEL - CAPÍTULO 7!

Queridas! Ontem não postamos o capítulo da nossa Fic em virtude da cobertura do Teen Choice Awards 2011.

Hoje vamos curtir o 7° capítulo de "Um Amor Inesquecível". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


CAPÍTULO VII

Não havia mais o que dizer. Vencida, Bella abriu a porta do carro, mas Edward a segurou pelo braço.

— O que está se passando nessa cabeça?

— Apenas solucionei o mistério — ela respondeu, soltando-se. Estava tão decepcionada que não poderia suportar o toque nem por mais um segundo.

— Que mistério?

— O mistério da sedução de Nova York.

Ele sorriu.

— Isto eu não posso perder.

— Obviamente existe uma mulher.

— Que mulher? — Edward lhe endereçou um olhar inocente.

— A mulher em quem está interessado.

— O que a faz pensar que eu tenha uma mulher em Nova York?

— A insistência com que quer voltar para lá.

— O fato de eu trabalhar lá e também possuir um apar­tamento não contam? Já pensou que eu gosto de Nova York?

— Não acredito.

— Então me dê uma razão sólida porque eu deva ter uma mulher me esperando lá.

— Bree!

Edward  permaneceu no carro, depois que Bella bateu a porta com um estrondo e se afastou. Não conseguia entender como ela descobrira aquele nome. Demorou um pouco, mas fi­nalmente se lembrou do telefonema.

Angela estava se dirigindo ao centro comunitário quando viu Edward .

— Veio participar da reunião?

Ele negou com um movimento de cabeça. Ela deu de ombros, lançou-lhe um olhar de desprezo, e desapareceu no interior do prédio. Edward  acompanhou-a com os olhos, mas sua mente estava muito longe. Bree. Há quanto tempo não se lembrava dela?

Isso o perturbou. O normal seria sentir saudade, ou, ao menos pensar na garota de vez em quando. Não estavam noivos ou comprometidos, mas ele chegara a pensar que, um dia...

Droga. Um homem não podia pensar em seu futuro com uma mulher de cujo rosto mal se lembrava após uma se­paração de uma semana. Era mais um caso de "longe dos olhos, longe do coração".

Obrigada por me desiludir, Bella , ele pensou irritado. Para alguém que não deseja causar problemas, você está fazendo um péssimo serviço.

Sem saber por que, Edward desceu do carro e se dirigiu ao centro comunitário.

Bella o viu no instante em que entrou. Para não ser sur­preendida, virou-se para a frente. Ainda bem que escolhera um lugar na primeira fileira entre Lee Cox e Chelsea, o irmão e a cunhada de Amy, respectivamente.

Pressentiu que ele estava às suas costas, mesmo antes de falar. Sua voz lhe provocou arrepios pela espinha.

— Laddy, poderia trocar de lugar comigo? Bella deveria ter me guardado um lugar, mas, aparentemente, se esqueceu.

O homem se levantou.

— Claro, Edward. Só que ninguém mais me chama de Laddy. Sou Lee, agora. Você esteve ausente de Showdown por muito tempo.

— Não é a primeira pessoa a comentar a respeito, Lee.

— Quer dizer que resolveu participar dessa confusão?

— Absolutamente. Só estou aqui para dar apoio moral a Bella . Ela é a estrela, você sabe.

Bella cerrou os dentes.

— Quer fazer o favor de sumir daqui e me deixar em paz?

Ele se virou para Chelsea.

— Olá. Sou Edward Cullen. Acho que ainda não tive o prazer de conhecê-la.

— Chelsea Merton.

No momento em que resolveu se acomodar no assento, Bella bateu no braço estendido de Chelsea. Quando foi para trás, bateu no de Edward . Ambos riram, mas ela ficou ainda mais perturbada. Levantou-se, e naquele exato instante Angela pediu atenção.

— Podemos começar? Temos muito o que fazer esta noite. O povo da cidade se reunirá no refeitório da escola, para os ensaios. Os jogadores e a dançarinas se encontrarão no Salão Rosa Amarela. O elenco principal permanecerá aqui.
Diana?

Chelsea levantou a mão.

— Estou aqui.

— Você e as damas irão para a velha igreja para ensaiar a cena do casamento.

Angela bateu palmas e o pessoal começou a se mover em todas as direções. Apenas os astros e estrelas permaneceram, e Edward . Bud Williams se apoiou contra o palco.

— Como vai o maldito cavalo?

— Muito bem — Edward respondeu.

— Quem não está bem, sou eu — queixou-se Harry Meeks. — Não deveria ter me deixado convencer a repre­sentar o papel de um bandido.

As faces de Bud se tornaram rubras.

— Acha que eu deveria ter ficado com o papel outra vez? Fui o pistoleiro por três anos consecutivos. Estou cansado de morrer no meio da rua, como um cachorro vadio. Desta vez quero ser o herói sobrevivente.

— Não desejo ficar com o seu papel, Bud — Harry afirmou. — Não desejo ficar com o papel de ninguém. Pensei ser uma boa ideia participar do evento, mas isso está me tomando mais tempo do que disponho. Além disso, alguém sempre acaba se ferindo na cena da grande briga, e este ano esse alguém tem todas as chances de ser eu.

— Estão prontos para começar? — Angela se aproximou, interrompendo a conversa e compreendendo a situação em um relance. — Em primeiro lugar, a proposta de casamento.

Amy e Jack, por favor, subam ao palco.

— Você disse que a cena da briga seria a primeira — Lee protestou. — O dr. Preston está ajudando um bebé a nascer neste momento — Angela explicou, sem disfarçar o mau humor. — Não se preocupe, Lee, você logo terá sua oportunidade de desferir alguns golpes. Por falar nisso... — ela olhou em direção a Edward . — Poderia me fazer um favor?

— Angela , eu já disse que não...

— Eu sei, eu sei. Não vou lhe pedir para participar da encenação, mas já que está aqui, não creio que lhe fará mal algum ajudar aqueles dispostos a contribuir para o bem da comunidade. Desculpe. Sei que isso não é modo de se pedir um favor, mas...

— Está bem. De uma forma ou de outra você conseguiu atrair minha atenção. .

Angela sorriu.

— Que acha de trabalhar com Harry e Lee na cena da briga?

— Tudo bem. — Ele se levantou e se virou para os dois pupilos. — Por que não procuramos um lugar sossegado e conversamos a respeito?

Bella sentiu um enorme alívio quando Edward se afastou. Afinal estava nervosa o suficiente com o ensaio, para ainda ter de ser alvo de observação.

— Jack e Amy — Angela  chamou —, procurem falar alto e claro. Teremos microfones instalados por toda a parte, mas uma interpretação fraca poderá não ser ouvida. Amy fará compras no armazém e às duas horas se encontrará com Jack, na porta. Ele estará a sua espera pois a viu no momento em que entrou na loja. Enquanto aguarda, brincará com as crianças e com alguns cachorros e ajudará as se­nhoras a carregarem seus pacotes. O importante é que todos percebam que está a espera de Amy .

— Não se preocupe. Não precisarei fingir. Venho espe­rando Bella a anos, quero dizer, Amy .

— Bud Williams, está pretendendo dificultar o ensaio?
Se estiver, eu...

— Bella , por favor, chame-o de Jack — Angela interveio. — Comece desde já, ou não conseguirá quando chegar a hora. Agora, faça de conta que isto é uma porta e saia.

Bella obedeceu. De repente se viu cara a cara com um sorridente Bud-Jack.

— Olá, xerife — cumprimentou com coqueteria, e teria continuado a fala não fosse Edward chegar naquele exato momento. Sua mente se apagou.

Bud, depois de aguardar pelas palavras que não vieram, prosseguiu com a cena.

— Olá, srta. Amy . Não imagina o quanto ansiava por ver esse seu lindo rosto!

Angela se colocou entre o par.

— O que há com você, Jack? Está falando como se tivesse uma batata quente na boca!

— Estou carregando no sotaque texano — Bud se justificou, perplexo. — Pensei que era isso que você queria.

Bella precisou cobrir a boca com as mãos para não rir.

— Não, Jack. Fale de maneira natural.

— Eu sou de Chicago — Bud protestou. — Não reclame depois, se as pessoas comentarem que não pareço pertencer
a cidade.

— Vá por mim, Jack— Angela insistiu. — Fale o mais natural possível.

Bud respirou fundo e recomeçou.

— Olá, srta. Amy . Posso ajudá-la com os pacotes?

— É muito gentil de sua parte, xerife Jack — Bella encarnou novamente a personagem, e entregou a Bud um cesto imaginário.

— Estava pensando, srta. Amy , se poderia ir ao baile comigo, amanhã a noite.

— Seria uma honra para mim ter a companhia de um cavalheiro tão distinto — Amy respondeu, provocativa.

O sorriso de Bud se acentuou.

— Nesse caso, eu gostaria de lhe fazer mais uma pergunta.

— E qual é ela, xerife?

Antes precisamos preparar o ambiente — ele declarou, — abraçando-a. 

Do outro lado do salão, Edward tentava estudar o desem­penho dos dois homens. Harry Meeks estava lastimável. Se não se cuidasse, acabaria perdendo os dentes na cena da briga. Mesmo com Amy , que, em certo momento, teria de lhe dar um tapa, era bom se precaver. Ele conhecia Bella muito bem e sabia que ela se entregava de corpo e alma a tudo o que resolvia fazer.

Um castigo, aliás, era o que aquele homem estava ne­cessitando. Edward conhecia os homens, sendo um deles, e percebera que o velho Harry estava olhando para Bella  de um jeito por demais -atrevido.

Edward se reprovou por estar se envolvendo na história, de uma forma ou de outra. Bella não era mais uma criança. Ele não tinha nada a ver com sua vida.

Naquele momento, ele se virou para o palco e viu Bud Williams com Bella nos braços.

Ela se sentiu sufocar e estremecer não somente por causa da força com que Bud a abraçara, mas também pela sensação de pavor à aproximação daqueles lábios.

— Xerife Jack, você perdeu a cabeça?

A resposta dele foi erguê-la nos braços.

— Srta. Amy , eu te amo!

Não adiantava. Por mais que ela lutasse, não conseguia escapar daquelas garras de aço. Por que alguém não fazia alguma coisa? Se pudesse respirar, ao menos!

Bud a colocou no chão tão bruscamente que ela vacilou e trombou com Angela . No instante em que recuperou o equi­líbrio e se preparou para saltar-lhe no pescoço, viu que al­guém se antecipara a ela. Edward estava agarrando-o pelo colarinho da camisa.

— O que está havendo com vocês? — O grito irado de Angela devolveu a razão a Edward   — Solte o xerife imedia­tamente!

— Mas Angela , ele estava...

— Eu mandei soltá-lo! Bud pode não ser o melhor dos atores, mas é o único que tenho.

Foi com dificuldade que Edward soltou o oponente e com mais dificuldade ainda que descontraiu os punhos.

— Quanto a você, Bud Williams, o que te deu na cabeça para agarrar Amy daquele jeito?

— Eu estudei meu papel. A meu ver, o xerife Jack beijou Amy antes de pedi-la em casamento.

— Esperem um minuto — Bella declarou. — Agora é a minha vez de falar. Você, Bud Williams, não tente me tocar outra vez antes da festa. Se o fizer, prometo cortar sua mão.
Ouviu bem?

Bud assumiu um ar ofendido.

— Que diabos, Bella , eu só estava representando.

A raiva de Bella se voltou, em seguida, para Angela .

— Você é a responsável! O que pretendia, ficando de braços cruzados enquanto ele me assaltava?

— Bom Deus — Angela ergueu as mãos para o céu. — Admito que Bud não foi gentil, mas quanto a assaltá-la...
De qualquer modo, peço desculpa. Agora, podemos retomar o ensaio?

Não tão depressa — Bella resmungou. — Ainda tenho algo a dizer.

Bud começou a se afastar.

— Não quero ouvir. Vou até o bar tomar um refrigerante.
Me chame quando estiver pronta para trabalhar.

Bella ignorou o gesto e o comentário. Era com Edward que queria falar. Ele a fitou desconfiado e cruzou os braços.

— Obrigada.

— O quê?

— Obrigada por me salvar de um destino pior do que a morte. — Ela sorriu. — Bud não é uma má pessoa, mas a delicadeza não é seu forte. Fiquei contente que você estivesse por perto.

— Eu também. Acha que ele ainda te causará aborreci­mentos?

— Não. 

— Sim — discordou Angela , surpreendendo a ambos.

— Será melhor para ele se resolver se comportar — Edward  grunhiu.

— O problema é que Bud não nasceu para ser herói.
Acabará se indispondo contra todos, especialmente com Harry — Angela indicou o homem, com ares de culpa.

Edward olhou para ele e fez ura sinal afirmativo com a cabeça.

— Eu já havia me decidido a falar com você sobre Harry.
Tenho certeza de que o homem nunca viu um soco de perto.
Como, diabos, foi escolhido para representar o vilão da peça?

— Processo de eliminação.

Bella sabia onde Angela queria chegar, e tentou mudar de assunto.

— Não acham que deveríamos voltar para os ensaios?

— Não antes de eu dar a Edward uma outra chance de nos salvar. Edward ...

— Não, obrigado.

— Edward !

— Não!

Bella presenciou a altercação em silêncio. Não acreditava que Bud fosse avançar o sinal outra vez, roas a perspectiva de trabalhar com Edward , em qualquer papel, a excitava tre­mendamente.

Fosse ele a estreitá-la nos braços, a alguns instantes, ela não teria resistido. Mas Edward , teimoso como todos os Tag-gart, não voltou atrás em sua decisão, apesar de Bella notar um certo arrependimento em seu olhar.

Angela  bateu palmas para atrair a atenção do pessoal.

— Muito bem. Passemos para a cena onde Amy entra no salão e dá um tapa no pistoleiro por ele ter agredido seu irmão. Bella , Harry, por favor.

— Preciso ir. Mais uma vez, obrigada — ela murmurou.

— Se estou lembrado — Edward comentou —, depois do tapa, o pistoleiro beija Amy   não é?

— Sim.

— Aceita um conselho?

— Sobre o beijo ou sobre o tapa?

— Sobre o tapa.

— Aceito. Nunca bati em ninguém em toda a minha
vida.

— O caso é o seguinte: erga a mão e faça-a voar. Harry saberá como se defender. Após o ensaio, estarei esperando-a na livraria.

— Não sei o que deu errado. Honestamente não sei —Bella confessou, enquanto caminhava ao lado de Edward para o estacionamento. — Quando Harry desencostou do balcão e me enfrentou, eu ergui a mão e acabei lhe dando um violento tapa, pois ele não fez o menor movimento para se esquivar. Acho que até desloquei sua mandíbula! Arrepen­dida, tentei ajudá-lo, mas ele saiu correndo. Na pressa de fugir de mim, tropeçou e caiu, e ainda por cima, bateu a cabeça no chão. Foi uma sorte o dr. Preston chegar naquele momento. Oh, Edward , Harry nunca me perdoará, e se ele se recusar a retomar os ensaios, Angela ficará furiosa. Sou uma ameaça. Não sirvo para representar Amy Cullen-Taggart.

De repente, as mãos de Edward estavam em sua cintura e as dela ao redor do pescoço dele. Queria ceder aos sen­timentos que a empurravam para os beijos e carícias daquele que era seu amor desde criança, mas sabia que sua entrega não significaria nada para Edward . Ele não gostava das ga­rotas simples do interior. Preferia as mulheres elegantes e sofisticadas da cidade.

— Por que fez aquilo? — ela engoliu em seco.

— O que foi que eu fiz?

— Sugeriu que eu batesse em Harry, para valer.

— Harry pode ser um bonachão, mas é homem, e vocês terão uma cena de amor juntos. Cuidei de Bud. De Harry, você mesma terá de cuidar.

— Está insinuando que Harry também poderá me dar trabalho?

— Não deve confiar em homem algum.

— Não seja bobo. Eu confio plenamente em...

Edward a calou com um beijo. Seus joelhos tremeram, seus pulmões arfaram e ela se abraçou ainda mais a ele, conforme os beijos deslizavam para seu queixo e pescoço.

— Por que está fazendo isso?

— Não sei. Talvez para mostrar que também sou humano e que não sou melhor do que Bud ou que o velho Harry.

Além de não saber o que estava fazendo, Edward também não sabia o que estava dizendo. Poderia ser humano, mas as sensações que provocava em Bella não tinham nada em comum com as dos demais homens. A bem da verdade, ele até estava arruinando-a em relação ao futuro, pois nem Bud, nem Harry, nem ninguém mais conseguiria fazê-la vibrar de paixão. O certo seria afastá-lo de sua vida, mandar que a deixasse em paz.

— Quer que eu pare? — ele pressionou uma das mãos em sua nuca e tornou a beijá-la, antes que Bella tivesse tempo para responder.

Sim, eu quero que pare — ela se forçou a reagir, quando ambos fizeram uma pausa para respirar.

Edward a soltou imediatamente, deixando-a aliviada e ofendida ao mesmo tempo, mas também com a consciência tranquila de quem sabia ter agido da maneira certa.

No trajeto de volta ao rancho, Bella tentou entender o que estava acontecendo entre eles. Naquela noite, Edward de­monstrara ciúmes de Bud, e também de Harry. Aquilo não fazia sentido. Edward não estava interessado nela. Ou estava?

Olhando-o de relance, ela sentiu uma ténue esperança. Seria possível que Edward a achasse interessante? Ou atraen­te? E se passassem mais tempo juntos e acertassem as di­ferenças?

— Chegamos — ele anunciou.

— Que rápido! Eu estava tão longe que nem percebi.

— Eu sei — Edward afirmou, soltando o cinto de segu­rança. — Bella , nós precisamos conversar.

— So-sobre o quê?

— Sobre você. Eu. Nós. Carlisle . O festival. A lenda.

— Sobre o sentido da vida? — ela brincou.

— Por que não?

— Querem vir aqui logo? Estou esperando-os há horas! Carlisle os arrancou de seu mundo particular e gesticulou para que se aproximassem do terraço.

— Qual o problema, vovô? O que aconteceu para querer conversar com tanta urgência?

— Não há problema nenhum agora que tomei minha de­ cisão de ir embora do rancho.

1 comentários:

Juh Araujo disse...

Poxa, tava tão bom... os dois iam se acertar e Carlisle decidiu vender o rancho. =(

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário sobre o post: