StyleMag – Itália – A edição de abril da Style – nas bancas amanhã com a II Corriere della Sera – é dedicada aos novos astros de Hollywood. Uma geração de atores nascidos na década de 80 que se destacam por sua elegância e segredo total sobre suas vidas pessoais.
A capa é dedicada a Robert Pattinson: o ator inglês de 24 anos que emigrou para Hollywood e ganhou fama mundial por interpretar o pálido vampiro na Saga Crepúsculo.
Ele agora representa uma nova masculinidade que é distante do machismo dos anos 80 e em uma longa entrevista a Style ele declara:“Hotéis de luxo, modelos bonitas e designers falando sobre mim? São todas armadilhas, eu quero uma vida tranqüila.” O ator continua: “Eu não estou interessando em relacionamentos casuais, eu preciso conhecer as pessoas. Eu estou fazendo uma declaração existencial: eu apenas quero uma família com dois ou três filhos.” Enquanto isso, como os seus colegas Joseph Gordon-Levitt, Andrew Garfield e Alexander Fehling, ele trouxe uma nova, surpreendente identidade masculina para uma subclasse de fãs que, via Facebook, o fizeram uma estrela.
Entrevista de Rob para a Style Magazine italiana
O real protótipo das mutações dessa geração é Robert Pattinson: 24 anos, e britânico em Hollywood, onde ele se tornou mundialmente famoso interpretando o pálido vampiro Edward Cullen (e, até mesmo antes, Cedric Diggory, um estudante modelo de Hogwarts na série Harry Potter).
Ele admite, brincando, “não ser nada especial, um daqueles que vivem em hotéis e viajam ao redor do mundo”. No entanto, ele criou uma nova identidade masculina, surpreendente até para a subcultura do Facebook, que o tornou uma estrela via rede social. Hoje é a véspera de um teste importante para ele: seu novo filme, ‘Water for Elephants’: ele é o protagonista de um filme melodramático, que se passa em um circo, baseado no livro best-seller de Sara Gruen. [...]
Tendo sido rotulado como um ídolo adolescente, você agora está sendo testado como um ator de verdade.
Eu tive essa oportunidade de atuar com Christoph Waltz e eu me apaixono por Marlena (Reese), sua esposa. Viajando com o circo, eu visito áreas longe de Hollywood. Existem segredos obscuros nesse filme, assim como na vida. E há essa ideia de um amor de salvar vidas, que eu acredito. Eu não sou brega, mas eu tenho uma alma romântica.
Você se dá bem com garotas?
Eu cresci com duas irmãs mais velhas, e eu tenho um grande respeito pelas mulheres. Eu odeio a falta de puritanismo, eu fico entediado quando as pessoas são ostentosas em relação a seus corpos. Sexo e sentimento andam lado a lado para mim.
Seu lado roqueiro: as pessoas dizem que você passa noites com seus amigos ouvindo a Tom Waits, Van Morrison e o falecido Jeff Buckley.
Música é um aspecto chave da minha vida. Eu gostaria de poder interpretar um filme sobre Buckley, a voz dele, a escrita de música dele me deu muito. Eu sou interessado pela criatividade dele, em sua existência, até mesmo sua morte por afogamento em 1997, no rio Mississippi.
Que tipo de uso você faz da Internet?
Um uso prático. Meu filme favorito ano passado foi ‘The Social Network’ e um dia eu gostaria de trabalhar com David Fincher. Tudo que ele faz é interessante, e ele extraiu o melhor de um ator que eu realmente admiro, Jesse Eisenberg.
Senhor Pattinson, você é um ídolo. Quem é o seu?
Jack Nicholson. Ele teve uma grande carreira e ele sempre dominou seus personagens. Enquanto, no fundo, para muitas pessoas, eu sou apenas Edward o vampiro e em minha vida eu sou apenas Robert. Nós compartilhamos o mesmo estilo de penteado. Mas quando eu leio um artigo inteiro sobre o meu cabelo, eu rio com a minha melhor risada britânica.
Por falar nisso: o que te trouxe de Londres para Hollywood?
Difíceis perspectivas de trabalhos. Eu não tinha grandes experiências como ator, eu me apresentava um pouco estranhamente como modelo; então, cinema. No filme ‘Vanity Fair’ eu era o filho de Reese, enquanto nesse último filme eu sou seu amante.
Para ser honesto, não é um currículo ótimo.
Não, e eu nem tinha certeza se eu queria ser um ator; eu sempre pensei que eu seria um escritor ou um músico. Mas então eu me apaixonei pelo aspecto aventureiro do cinema. E eu encontrei a disciplina, a ética, e deixe-me dizer, o chamado interior, que me ajudou a dar uma estrutura apropriada para a minha vida.
Fama veio em seguida, uma fama não humana: o vampiro. Como Rob Pattinson protegeu seu eu de fãs que estavam apenas interessados em uma celebridade?
Eu sou um cinéfilo, eu sempre amei cinema. É uma paixão. Cinema tem a mais importante, e verdadeira tarefa comunicativa: nos faz sonhar, amplia nossa imaginação, e sim, pode nos ajudar a nos tornar pessoas melhores. Eu comecei a estudar francês apenas porque eu estava interessado no diretor Godard do movimento de cinema francês nos anos 60. Tudo isso não me faz uma ‘celebridade’, mesmo que mais tarde eu tenha entrado para o sistema de Hollywood.
Qual foi a importância da sua família na sua educação?
Eu tenho uma família estruturada me apoiando, duas irmãs, Lizzie é música que nem eu; sim, eu toco piano e violão e eu até mesmo escrevi músicas para ‘Twilight’. Eu permaneço um britânico, eu ainda lembro-me dos meus dias em colégio público, a Harrodian, onde eu não era um estudante extraordinário, mas sempre curioso e aberto à variedade cultural. Minha família me ensinou o sentido da realidade, de obrigação, a recusa de qualquer tipo de histeria, e eu nunca me considerei superior aos americanos porque eu sou de Londres. Eu odeio qualquer tipo de sentimento de superioridade: normalmente tem racismo por trás.
Nós sabemos muito pouco sobre a sua vida. Como um homem e um ator, como você descreveria a si mesmo?
Meu pai, Richard, vendeu carros durante anos, minha mãe trabalha como uma agente no show business. Eu comecei a atuar quase que por acaso na escola e eu tocava em uma banda. Eu nunca pedi por muitas roupas e sapatos, e eu nunca fui um ‘alpinista social’ e eu nunca serei. Eu lia muito e ainda leio; meus favoritos são os escritores russos, Dostoevskij, Nabokov. Eles me zoam no set porque eu estou sempre lendo coisas. Ultimamente, eu tenho lido, de novo, meu escritor inglês favorito, Martin Amis. Os livros deles são relatos extraordinários da vida contemporânea e da psicologia.
Qual foi o ponto de virada do status de jovem ator para super estrela?
Eu cheguei a um ponto e disse: Eu vou ser um ator profissional, buscando a origem dos meus personagens, fazendo algo real deste trabalho passageiro. Isso vai me permitir que eu vivesse a vida que eu quero viver, ser ativo em políticas verdes [ecológicas], ser um cidadão do mundo. Fama é uma desvantagem, não um privilégio, normalmente complica as coisas. Eu tento não cair na rede de hotéis de alto nível, voos de primeira classe, estilistas te mandando um monte de coisas, milhares de garotas em todos os lugares…
Você consegue resistir a tudo? Você pode se definir pelo o que você recusa? Você é imune à fofoca?
Minha vida privada está fora de alcance. Eu nunca falei sobre minhas paqueras, eu não sou um homem para casos amorosos curtos e superficiais. Eu não falo sobre meus relacionamentos com amigas do sexo feminino, sem mencionar como eu não falo sobre os rumores da minha relação com Kristen Stewart, uma atriz que eu admiro porque ela é uma pessoa real, e uma atriz real. Foi a química que eu tive com ela que me ajudou a conseguir o papel em ‘Twilight’. Eu não deixo as pessoas tirarem fotos das casas que eu aluguei tanto em New York quanto em Londres. Quando eu estou em LA, eu basicamente moro em hotéis. Você pode viver muito bem no anonimato de um quarto de hotel, especialmente quando você tem um piano para tocar.
Para você, qual a importância do seu estilo pessoal, das roupas que você usa?
Eu gosto de usar Calvin Klein, sapatos ingleses, camisetas e jeans confortáveis. Eu sempre fui influenciado pelo visual do James Dean. A elegância de ontem era conformismo, hoje é individualidade. Talvez nós devêssemos encontrar um equilíbrio.
Viagens memoráveis ao redor do mundo?
Eu evito viajar nas férias para lugares da moda, eu prefiro viagens de carro com os amigos, como estudantes que escolhem hoteizinhos legais, cafeterias nas profundezas da América, onde muitas pessoas nem sequer me reconhecem. Pessoas simples que me ensinam que a vida não é ‘Twilight’. Eu viajo para manter meus pés presos firmemente no chão.
Você está interessado no mundo real?
Eu ainda estou interessado em política ecológica e animais, preferivelmente sem paparazzi me seguindo por aí. Eu tenho um cachorro, meu verdadeiro companheiro, isso nunca vai estar em um photoshoot. Toda essa coisa de bem estar animal está muito profundo no meu coração: foi uma verdadeira alegria poder trabalhar com tantas espécies diferentes e WFE. Eu tenho um conceito democrático e liberal sobre a minha vida.
Parabéns. Mas você não acha que essa é uma atitude super série para um ator famoso como você?
Esse sou eu, apenas eu: eu não estou interessado em relacionamentos casuais, eu preciso conhecer as pessoas, eu não estou fazendo uma declaração existencial aqui: simplesmente, eu quero uma família, com dois ou três filhos. Não é engraçado? Eu realmente gostaria de poder conversar com os animais mais do que com pessoas que pensam que me conhecem apenas pelos meus filmes.
‘Cosmópolis’, de Cronenberg, realmente será super sério, do livro de DeLillo, uma viagem metafórica para a América antes de 11 de setembro.
Eu interpreto um homem contemporâneo: ambicioso, caprichoso, ansiedade subterrânea. Coisas legais.
Fonte: robstenation
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